Material adquirido pela Novacap dispensa maquinário e atende a demandas em locais de difícil acesso
Tapar os buracos nas vias do Distrito Federal de maneira ecológica, rápida, eficiente e sem precisar interromper o trânsito. Tudo isso é possível graças ao investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) para adquirir uma nova massa asfáltica fria e sustentável, que utiliza material reciclável de pneus inutilizados. A aplicação é simples: não precisa de maquinário e basta dois técnicos para fazer a sinalização e, então, realizar o serviço.
Em quase dois meses, a nova massa asfáltica já foi aplicada em 341 buracos do tipo panela nas 35 regiões administrativas do DF. A iniciativa prevê realizar reparos em vias onde não é possível impedir o tráfego de veículos para aplicar a massa asfáltica quente. Nesses casos, o asfalto frio é priorizado para que o serviço seja feito de forma rápida, sem prejudicar o trânsito de carros e pedestres.
“Fizemos operação no estacionamento do Hospital Santa Lúcia, na Asa Sul, um local onde passa ambulância o tempo todo. Seria praticamente impossível vir aqui com caminhão basculante, rolo compactador e todo o maquinário necessário para a massa asfáltica quente. Mas precisamos tapar os buracos, então a solução é aplicar o asfalto frio, que é bem mais prático e rápido de aplicar, sem prejudicar o acesso ao hospital”, esclareceu a chefe da Divisão de Manutenção e Conservação de Vias da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), Walquiria Marra.
Tanto a massa asfáltica quente quanto a fria têm a mesma qualidade e tempo de vida útil. Além disso, o material, armazenado em sacos de aproximadamente 25 kg, pode ser utilizado até um ano depois da sua fabricação, ao contrário do asfalto quente, que precisa ser aplicado em temperatura ideal.
“Com a massa fria, consigo fazer esses serviços também no período chuvoso e em locais úmidos, já que o asfalto quente precisa de uma temperatura ideal e estável para ser utilizado. Então, o atendimento às demandas ocorre o ano inteiro”
Walquíria Marra, chefe da Divisão de Manutenção e Conservação de Vias da Novacap
“O asfalto comum também é tóxico, então demanda da Novacap um adicional de insalubridade para os funcionários e equipamentos de grande porte. Com a massa fria, consigo fazer esses serviços também no período chuvoso e em locais úmidos, já que o asfalto quente precisa de uma temperatura ideal e estável para ser utilizado. Então, o atendimento às demandas ocorre o ano inteiro”, complementou Walquiria.
Além do fornecimento da massa asfáltica, a Novacap promove o atendimento expresso. Trata-se de um serviço de tapa-buraco em caráter emergencial que é feito em locais específicos de grande circulação (e que emitem maiores riscos de acidentes), como vias comerciais, setores hospitalares e setores bancários.
Esse atendimento é realizado com equipamentos diferenciados, uma vez que esses locais geralmente não têm acesso para caminhões e compactadores.
O motorista Vandeir Ferreira, 50 anos, passava pelo Setor Hospitalar Sul e acompanhou de perto o andamento do serviço com a nova massa asfáltica: “É muito interessante isso porque vai diminuir o tempo de trabalho da equipe no local. Eu rodo Brasília inteira e vejo que há buracos por aí, com essa nova massa, a solução vai vir de forma mais rápida e prática”, elogiou.
A instrumentadora Jaqueline Martins Xavier, 32, vai ao setor hospitalar com muita frequência. De acordo com ela, é comum o surgimento de buracos por lá, mas com o novo material, espera que eles sejam rapidamente tapados.
“Só de não fechar a via já nos ajuda bastante. Isso sem contar que a manutenção fica mais barata também, já que não tem que deslocar o maquinário nem uma equipe maior. A via aqui estava bastante esburacada e agora certamente vai ficar melhor”, concluiu Jaqueline.