O advogado Paulo Ricardo Moraes Milhomem, acusado de atropelar, de propósito, a servidora pública Tatiana Fernandes Machado Matsunaga, após uma briga de trânsito, no Distrito Federal, em agosto de 2021, afirmou, nesta quarta-feira (30) que “não viu” que tinha passado por cima da vítima. Ele foi ouvido durante a primeira audiência do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) sobre o caso (veja vídeo acima).
“Só senti uma batida no carro. Jamais imaginei que eu teria passado por cima dela, eu passei por cima do meio fio. Pra mim a colisão tinha sido lateral”, disse Milhomem.
LEIA TAMBÉMhttps://0f19e35b67b96811241cbd97971b1255.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
- SEQUELAS: mulher atropelada por advogado, no Lago Sul sofre com amnésia e perda da visão
- DECISÃO: STJ mantém prisão de advogado que atropelou mulher, no Lago Sul, após briga de trânsito
Paulo Ricardo Moraes Milhomem, acusado de atropelar mulher no Lago Sul, no Distrito Federal. — Foto: Reprodução
A audiência deveria definir se o advogado vai ou não a júri popular, no entanto, o juiz adiou a decisão (saiba mais abaixo). O atropelamento, que ocorreu após o advogado perseguir Tatiana até a frente da casa dela, foi gravado por câmeras de segurança da QI 19 do Lago Sul.
As imagens mostram que o réu avançou, de carro, e atropelou Tatiana (veja vídeo abaixo). Durante o interrogatório, Paulo Milhomem disse que arrancou com o carro porque achou que o marido de Tatiana estivesse “armado”. Cláudio Matsunaga, negou a acusação.https://0f19e35b67b96811241cbd97971b1255.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“Em momento algum houve ameaça a essa pessoa. A única coisa que eu perguntei foi: você é louco? Vem perseguindo uma pessoa até a porta de casa? Meu filho tinha 8 anos. Ele saiu em pânico completo. É uma situação que ninguém consegue conceber o grau de trauma disso”.
Advogado persegue e atropela mulher durante briga de trânsito no Lago Sul, no DF
O juiz Frederico Ernesto Cardoso, do Tribunal do Júri, deu prazo de cinco dias para que o Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF envie um laudo atestando a veracidade dos vídeos do atropelamento. As partes terão, então, mais cinco dias para fazer as alegações finais. Só depois disso, o juiz vai decidir se Paulo Milhomem será submetido a júri popular.https://0f19e35b67b96811241cbd97971b1255.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Ao final da audiência, Paulo Milhomem chorou. “Gostaria de pedir desculpas a família da vítima. Estou muito … estou muito triste com a situação. Eu jamais quis causar qualquer problema para a senhora Tatiane. Foi uma situação que saiu do controle”, disse.